Goiânia, 12 de agosto de 2006
Amada Amanda,
Como uma erva daninha que, rasteira, se apega de tal forma a árvore e seus frutos, muda sua paisagem, rouba seus nutrientes... Assim é a podridão do mundo em mim.
Sinto em cada parte de mim os gritos, dores e gemidos de um mundo doente.
Já não sei para onde ir e nem sei se quero ir a algum lugar...
As coisas que faço não dão resultados e, quando a terra consumir meus ossos, nada do que faço irá servir, tudo passa... Tudo sempre passa...
Escrevo versos que só eu ouço. Canto canções que ninguém mais diz. Me consumo com minha própria melancolia.
Continuo com minha estranha mania de amar a tudo e todos incondicional e doídamente, mas, mesmo em um belo sentimento nada encontro além de portar fechadas.
Olho para o céu negro e os espaços vazios.
Dentro de mim só há desilusão.
Meus olhos enxergam as cinzas porem não tenho forças para fazer nada
Estou fraca Amanda.
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