domingo, 4 de outubro de 2009

Ao início de um novo ano ou Ode à totalidade das coisas

A gente
Complica o incomplicável
Calcula o incalculável
Dá nome e rótulo às coisas

Mas não sabe encontrar


Não encontramos o exato momento
Entre o crepúsculo e a aurora

Momento onde tudo está
Em seu devido lugar
E não existe certo
Não existe errado

Nem futuro
Quanto mais passado

O tempo não se encontra
E o vento
A exatos 10 km h
Brinca com os cachos do cabelo

Não nos encontramos

Inteiros

Nessa inteira interidade
Íntimos
Pela metade

Não nos encontramos
Mais
Janeiros

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