Palavras não voltam atras...

Mas, não sou feita só de palavras...

Sua hipocrisia

Continua a devorar minha sinceridade...

Pouco a pouco...

Restará?


Tento me lembrar o exato momento, algum dia 4 de algum mês...


Em que já não pertencia mais ao lugar...


Que durante tanto tempo foi abrigo


Cheguei a escrever algum texto


Pedido em meio a papeis velhos,


Fungos, cupins, baratas e escorpiões


Milhares deles em meus sonhos, por sinal...


Para os que deturpam Freud, Traição...


Para mim... Saudade, ausência, certeza e dor!


Me aceitem, por favor...

Inesperado e desconhecido...

...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.

Clarice Lispector

Saudações...

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar

Machado de Assis

.

Ato de saudar, expressa adimiração e respeito ao encontrar a pessoa, cumprimento em palavras, como "Prazer em ve-lo", usado abreviadamente como Sds., substituindo Atenciosamente ou Atte. Merece mais pesquisa porque a sudação é usada na chegada e não na despedida.

Sds.

É... meu computador
Apagou minha memória
Meus textos da madrugada
Tudo o que eu já salvei

E o tanto que eu vou salvar
Das conversas sem pressa
Das mais bonitas mentiras

Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor

Um favor... por favor

De ontem em diante - O Teatro Mágico

Os opostos se distraem
E os dispostos se atraem

De ontem em diante
Serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje, e amanhã
São a mesma coisa
Sem a idéia ilusória
De que o dia, a noite e a madrugada
São coisas distintas,
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu aposto contigo
Que não sabes do Evangelho,
Do versículo e da professia,
Quem surgiu primeiro?
O antes, o outrora?
A noite, ou o dia?
A minha vida inteira
É meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários
Ainda faço no chuveiro
A minha mochila de lanches
É minha marmita requentada em banho maria
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque
É lavar carro com mangueira
E se, antes, bem antes,
Um pedaço de maçã
Hoje eu quero a fruta inteira
E da fruta, eu tiro a polpa
Da puta, eu tiro a roupa
Da luta, não me retiro
Me atiro do alto
E que me atirem no peito
Da luta, não me retiro
Porque todo dia de manhã
É nostalgia das besteiras,
Das besteiras e das besteiras
Que fizemos ontem

Como de costume ela estava atrasada...

E o calor do meio dia a consumia... Nem a brisa refrescava naquela mornidão das horas. E ela estava atrasada...

Correu, se arrumou, apanhou pelas metades suas coisas (sempre esquecia algo) e saiu...

Um avião sobrevoou sua cabeça e ela caminhou mais lentamente ao observa-lo.

Seria a fuga a solução de vida?

Sair dessa cidade a atraía como um imã...

E a cada rodovia, cada onibus que saía, era como se seu coração fosse partindo, aos poucos...



Mas, como de costume, ela estava atrasada...

Auto! retrato...

A arte a compunha interiormente.
Interiormente milhões de cores a faziam, desfaziam e, a cada dia, a cada situação, um novo quadro se pintava.
E ela simplesmente não sabia como exteriorizar-se.
Sabia que seria incompreendida.
Afinal, quem compreenderia um ser que não era rosa, marrom ou bege?
Quem ousaria compreender um ser que, ao sair à rua se integrava à paisagem, virava música, virava vento, virava amor...
Não! Ela sabia que sua mutação constante era um segredo para si.
O que iriam pensar se começasse a voar? O que iriam pensar quando ela se desfizesse em chuva?


Ela era diferente, e por isso, calava – se...

Com toda essa mudança...

Estranhamente,

Tudo o que era oculto ficou em destaque,

E o que era destaque ficou diferente...



Seria um sinal?

Bom dia, Julho!

Reckoner

Isso acontece com a gente
E com muita gente alem da gente
A gente acorda e derrepente
Não é mais a gente da gente...


"Because we separate
Like ripples on a black shore
In rainbows
Because we separate
Like ripples on a black shore"

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