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A arte a compunha interiormente.
Interiormente milhões de cores a faziam, desfaziam e, a cada dia, a cada situação, um novo quadro se pintava.
E ela simplesmente não sabia como exteriorizar-se.
Sabia que seria incompreendida.
Afinal, quem compreenderia um ser que não era rosa, marrom ou bege?
Quem ousaria compreender um ser que, ao sair à rua se integrava à paisagem, virava música, virava vento, virava amor...
Não! Ela sabia que sua mutação constante era um segredo para si.
O que iriam pensar se começasse a voar? O que iriam pensar quando ela se desfizesse em chuva?
Ela era diferente, e por isso, calava – se...
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