terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Trago


memoria perdida e versos errados
metros dessas historias sem autor
quanto as formas me tiraram meu passado
cada trago uma consciência nova
olhar no espelho e saber quem não sou

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Desejos

mão que segure a queda que precede o voo
pertencer a uma chave
segredo que revele as paredes de uma casa
esquecer a moça do passado
refletir nos espelhos o outro
ser estável e só
garrafas de vodka a cada término
dormir com o escuro de dentro
saber sentir o que penso
redimir e renegar quando hora
não desejar como amante o que lhe deu como irmão
equilibrar nicotina álcool calmante e identidade
deixar de doer com o bem que se quis
calcular o nível de incertezas seguras
buscar o íntimo do sorriso congelado
cegar-me de palavras e delas fazer um cobertor
dar a ela esse cobertor
não me arrepender
.

Amostra grátis, ou selo e escudo, ou ainda, poema para ela

trilhas sonoras de uma lua
refletidas na saudade
deste meu lugar seguro
primeiro selo
de infância descoberta
vontade que lateja
no escudo de minha pele
aquilo que me tornei
vem da tua ausência
apego do silêncio
aos grito de meu corpo
voz de beijos
ainda guardados
estampados em versos
que outrora rubros
viraram a sépia
que traça-me destino
predito e esquecido
de inventar a tua mão
e intinerá-la paradeiro
onde descanso o sorriso
e arrisco-me a existir