quinta-feira, 30 de setembro de 2010

rascunho à moça da janela


Em tua soleira grave
apoia cansada o corpo
que distraído vaga
para algo além de ti

eu ao contrário noto

tuas formas tão fenestres
por si só corrediças
não devem nem merecem
as grades que te impõem


és toda em mim passagem



Com aqueles anos que não passavam dos 17 com seu jeito de ausência pele seca e romã com aquela cara de paz com o mundo com o não ascendente que se ascendia em mistério com cortina branca areia branca de vestido branco ao casamento da nova branca paixão e de imagina-la às brancas prosas de um branco dia passou ela por mim e juro não vi...

Um comentário:

Jeferson Cardoso disse...

Lindo e misterioso!

Quero aproveitar e lhe convidar para ler “O Candidato” no meu http://jefhcardoso.blogspot.com
Será um prazer lhe receber.

“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)