Olliver Mariano
Para Flor
A cadeira de madeira branca
Presa à grade amarela
Rompeu a corrente
E fugiu.
Foi ser trono de centro.
Não superou os golpes de cetro
Do Rei
E da Rainha.
Foi ser Cátedra da Academia.
Enfarou-se com tanta Cerimônia
E Reverência.
Foi ser banco de igreja.
Ouviu credo
Viu romaria
Mas na hora do amém…
Herege!
Preferiu brincar com cores
E foi pela aquarela
Preta, vermelha,
- amarela.
Descoloriu.
Quis ser de vidro
Se surpreendeu
Mesmo na transparência
Sua velha condição
Gritava
Suspirou
…
Precisou ser outras
Para ser,
Presa na grade amarela,
Cadeia
De madeira
Branca.
.
.
.
2 comentários:
izabela,
pelo blog do ivan, aqui encontrei o seu. chama-se a atenção das palavras, bem como do plano de fundo. um labirinto que se coagula,
parabéns!
abraços
Obrigada Pâmela.
Seja sempre muito bem vinda ao meu labirinto!!!
E como sempre digo, perca-se se puder. Pois perder-se aqui é achar o caminho.
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