sábado, 28 de novembro de 2009

Cacos


          Amor, te amo!
          Eu também... Tire a carne da geladeira
          Um amor que com o tempo
          Vira coisa rotineira
          E que nem por isso
          E talvez por isso
          Deixe de ser amor

                                   Um amor
                                   Que desvia o olhar
                                   Quando ve o deus grego no coletivo
                                   E o comprimenta com a cabeça
                                   Embora fique muito melhor de barba
                                   Pois representa o homem que é
                                   Apesar de ser mulher

 E eu aceito.
 Apenas pelo fato de que chegou primeiro
 E cada um que espere sua vez
 E digo outra vez o que uma já o disse
 O mundo é um grande evento
 E eu sempre chego atrasada
 [Como de costume...]

                                                               Te peço
                                                               Te imploro
                                                               Me dê sua cadencia
                                                               Pois até o aleatório
                                                               Tem sua sequência

                    Mas chega uma hora
                    Que a cidade cala
                    E seu silêncio
                    Reflete a dor de todos nós


E ela estáva enrolada
Com tantos cacos e tantos nós
Seu emblema marinheiro
De nada serve ao Após

                                      Sua poesia agora é seca
E seca ao sol

19



Aquela poesia infantil
De dezenove anos...
18 depois de Gianinni ter comprado Garcia Lorca
Influenciada e estancada
Por aquele ser que apresentava sobre mim um instinto intelectual
Inteligencia sexual...
Aquela poesia infantil
Um dia será como pedra dourada
Em aguas límpidas de ponte
Que só brilhará no escuro...
E representará algo
Acima de cidades e estados
Além de porteiras e estrados.
Mas por enquanto
Detenho-me aos dezenove anos...
Numa preparação silenciosa
Para o que eu ainda serei

Eu sei...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ode


A ti dedico
Uma poesia encomendada
Por minha mente e minha culpa
Em homenagem aos nossos tempos passados
Que se perduram e se perdurarão
Tempos de bosques e olhadas furtivas
Que aos poucos se consolidaram
E viram mãos dadas e cinema
Que se consolidaram ainda mais
E viram abraços noturnos e filmes na tv

Uma ode às promessas tão futuras
Que conseguimos realizar
Embora com custo e sem metade daquilo que queríamos
Uma ode às promessas que ainda vamos conquistar
Aos nossos planos malucos que mudam de cinco em cinco minutos
Aos nomes de filhas
Planos para o jardim
Chácara na cidade
Amor sem vontade
TPM
Aos amigos de sábado a noite
Que viraram de domingo a tarde ...

Uma ode à nossa coragem
A nossa vontade persistida e insistida
Embora por vezes quase desistida
Ao amor que dura
E se acalma
E me acalma...

Uma ode aos nossos espíritos inquietos
Que mesmo sem querer ou perceber
Viraram uma só alma
.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Como uma flor vermelha




À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia. 

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha. 


Sophia de Mello Breyner Andresen 




sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lero Lero Lero...




Oco
Oco
Oco...
É de carrapicho
Pega essa menina
E põe dentro da lata de lixo!
.
.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Fonética e Fonologia



Bombei em uma matéria
Por não aparecer
Agora, em nova turma
Me olham como E.T.

Como eles conseguiram saber?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ESTA TÃO DIFÍCIL ESCREVERRR!!!

Porque?


Ai... que raiva!

Eu pedi pra você devolver...