domingo, 20 de maio de 2012

minha querida

não houve nem haveria como registrar esse momento em fotografia. não caberia o cheiro deste amor, coado com as gotas de um gozo jogado, que, quanto mais tempo perto, mais tento mudar de cor. na fraca luz do sol que dentre nuvens se esconde, aprendo que de nada adianta ter o mar por perto e o amor tao longe.

no meio do meu faz de conta pousaste em meu dia. adivinhaste, depois de algumas turbulências, tudo o que queria. todos seus presentes presenças me adocicam. mas nada me fez tão bem quanto a tinta dourada deste liquido gozoso. brocal que jogas na fenda da minha sala vazia.

quero-quero, passarinha, quero-quero. fazer da tua vida um bordado de renda de chita filó. acordar café. ir contigo nas flores da tua sapatilha. ver por do céu nos seus olhos. cuidar da tua forma de ser. construa comigo segredos e não me ausentes nunca mais.

Um comentário:

Anônimo disse...


Por que divido com outra o meu antigo apelido de passarinha
se apenas em mim foi visto
literalmente
bicos e cantos?
Somente eu quero-quero.
Venha fazer da minha vida um bordado de renda de chita filó. Venha acordar café.
Caminhe comigo nas flores da minha sapatilha.
Veja nos meus olhos as estrelas do céu.
Vamos construir segredos e não nos ausentarmos nunca mais.
Não, pare, espere, não venha mais!
Ninguém é obrigado a ser feliz