quinta-feira, 20 de outubro de 2011

viajar começa nos devaneios do relógio


o sol manchava caramelo em camisas

raios sumiam como se acabassem os colibris

a roupa na janela fervilhava um fraco fogo

procurei seguro o tempo das fotografias

o corpo esqueçeu-te na boca de vênus

apanhei no futuro falas recortadas:

- esquecer jornais nos diferencia do mar -

sujei de bocas as criaturas dos confetes

estrangulei-as no espelho inúteis vezes

e ainda assim forçavam amarelos

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