terça-feira, 22 de março de 2011

Fadiga


a Dhey
  

    todos os conselhos são errados          todos os teus passos são calados
           o conselho é sempre outro              o destino é sempre noturno
            o destino é sempre percurso                    a queda é sempre maio
    a queda é sempre caio                        teu silencio é sempre tolo
            teu silêncio é sempre novo               o passo é sempre ouro
    e me espanta de soslaio                    e me expande teu contrário




terça-feira, 15 de março de 2011

meu pequeno amor,


dôo-te os meus instintos mais primitivos, na busca incessável de encontrar a minha resposta. o pequeno instante que vivemos juntos desembocou-me rios profundos e tento não te acertar com tanta correnteza. meu intuito de ser cega fazia de mim uma pessoa de mãos limpas. agora, o intervalo de nossas rotas te faz presente em todo o meu caminho. sigo e consigo concentrar ainda aquela nossa energia. mas até quando? precisava de tuas mãos.

estrago

é o que sempre faço. e olha que juro que não é o que eu queria fazer com você... embora tantas as vezes essa promessa foi repetida, algo aqui está diferente. o meu sim, a sua negação, a suspensão de seus olhos, o seu mesmo tratamento de antes, o meu dia inteiro pensando em quando ver, em como conversar mais que duas sílabas sem me denunciar em você... pequeno amor, me conte um segredo: como te denunciar em mim?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Resposta ao bem que um dia já veio a minha visita

minha pequena,

a monstruosidade do que escreve me aprofunda em minhas formas mais opostas. a mediocridade toma todos os segundos, entretanto, o belo de tuas formas é presente em meu corpo, e veja só, eram sim aqueles girassóis da cor de teu vestido. Não é preciso se sujar muito. mas lace-me em tuas liberdades simuladas e simule a razão do não acontecido. desejo sobreviver.

meu amor, basta sugar meus sentimentos e esgotá-lo em toda a tua forma; seja todas as minhas intenções alheias e confira-me de tanto em quanto eu te dormir, para sonhar comigo; ainda espero seu toque, para que a noite passada se faça presente, para que eu não morra de saudade, para que a realidade tome sentido.

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