Subestimam-me

Raiva ou tristeza?

Decifra-(te)(me)(o)

VIII

Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor.

Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém.

Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam.

Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros.

E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.

Sinto-lhes informar

Mas meu Caminho é meu...

.......................

....................

.................

Só meu!

Num passeio pelo bosque

Aquele ar imaginário



Às vezes rouba chuva


Às vezes traz calor


Invisivelmente


E ainda as nuvens!



Sempre tão nuvens...



O ar imaginário e frio me dava excesso de fôlego



Excesso de glória



Excesso de frio


[arrepio]


Febre?!


Malditas nuvens que me tapam o sol!


Mas o que posso fazer se gosto de tempo assim...



E ainda a grama...



E ainda o bosque...



E ainda o banco...



E ainda em mim...

Hoje me nasceu um sentimento novo

Chamado esperança

Derivado do verbo esperar

.

Eu vi

Na lente daqueles olhos

No espelho daquela alma

E na profusão daquele corpo

O sol

Em seu rubro rosa

Se desfalecer

Tentei falar

__



Nada pude fazer

-

Essas mesmas gotas que se repetem

Trecho a trecho

Chuva que escorre por meu queixo

Desfaz meu torrão de açúcar

Me deixo...

Sei que o vento vai te levar

Sei que vou continuar

Pequeno seixo

Afogado na imensidão

[E sempre imensidão]

Dessas mesmas gotas

Que se repetem

Beijo a beijo

Nuvens cobrem a lua...

Nua...

[febre]

Mas, ainda tenho a luz do poste...

Ofuscante luz de poste...

[intermitente]

Cegue-me!

façam-se em mim

Façam se assim...


Palavras que não digo...

Estou vetada de dizer...

Palavras que não sigo...

Não há o que fazer...

Um dia triste...

Senhor,

Estou cansada...

In matura

Chega aquela hora

Em que diante desse medo

E dessa apatia

É preciso fazer alguma coisa

Aí... Bem...

...

Bom dia, novembro!

Carregando essa bagagem de vida...

Tão pesada de coisas a mais

Preservo minhas dores secretas

Não consigo deixar nada pra trás

Como aquela rosa esquecida

Tão murcha na gaveta se faz

Sempre presente a rosa perdida

Perfume vazio, lembranças demais